L.A.E volta a critica. Será que este “pseudo sei lá o quê” consegue falar bem de alguma coisa?


















O “pseudo sei lá o quê” gosta de polémica. Fazer o quê? Há quem goste de fazer ponto de cruz. Não é muito pior sobre todos os aspectos? A única vantagem que o adepto do ponto de cruz tem, ou melhor, não tem, é tempo para ler blogs parvos.

Aberta a guerra com um nicho da industria têxtil, sabe-se lá porquê, passemos à prometida polémica. Restaurante Anfiteatro, da Escola de Formação e Colmeia do Fernando Neves, apertem os cintos de segurança. (Verifiquem se os airbags estão operacionais, se a mão está na anca e se a injúria de resposta está na ponta da língua). Pelo sim, pelo não L.A.E, quando decidiu falar de sobremesas daqueles 2 restaurantes, fez um seguro de acidentes pessoais.

Depois de um post destes é normal cair-se da escada, entrar em auto-combustão e coisas do género. Eu próprio, tenho medo de mim e as borboletas no estômago confirmam-no. (Que vais tu fazer? Está a dar o Almeria X Getafe na SportTv? Queres desafio maior do que ver este jogo?)

O espírito de missão, 10% e a idiotice, 99% atiram L.A.E para a frente. Espero que não seja para a frente de um autocarro. Comecemos com aquele que para mim é o caso mais surpreendente:

Restaurante Anfiteatro.

Entre o primeiro e último episódio da saga anterior (tivemos mais espectadores que a Guerra das Estrelas), L.A.E voltou muitas vezes ao dito espaço. Só posso dizer que foi um desafio para ambas as partes. E apesar de tudo, fui sempre, sem excepção bem tratado. Creio, inclusive, que L.A.E faz parte do clube dos habitués. As razões para tal suceder, bem como a extrema complexidade deste tema, fazem com que deixe de ser tema. O meu tema hoje é outro.

Deixando, por momentos, a ironia de lado, o que será tão complicado como um peixe respirar fora de água, tenho uma opinião muito forte e formada sobre uma sobremesa do Anfiteatro:

O Gelado de Chá Verde.

L.A.E nunca provou na sua curta, ignorante mas viajada vida um gelado tão bom. Existem algumas memórias de gelados semelhantes, lá fora e cá, como por exemplo; o Chef Avillez no Tavares Rico. Ou seja, estamos na Liga dos Campeões.

A textura não roça a perfeição, descreve a perfeição. A receita em si do gelado de chá verde é equilibrada, nunca pecando por excesso de açúcar, o que, diga-se de passagem, é bem fácil num pais onde as freiras compensavam a falta de sexo nas quantidades de açúcar que descarregavam nas receitas.

Mais um ponto em que o Ponto de Cruz ganha aos pontos. Ambos sofrem de falta de sexo, mas uns têm barriga de freira e outros barriga de Angelina Jolie. E este gelado de chá verde é daqueles que a dar barriga, só dá a do Tom Cruise, mas oferece o prazer que uma freira teria numa noite de sexo com o supramencionado actor.

É claro que neste ponto entram as beatas do sítio: Ahhhhh mas os do Santini?!? Ahhh mas aquele que eu comi em Roma?

Como bom padre da paróquia, resolvo a coisa de forma salomónica: - Façam o vosso próprio blog. Conseguirá um miserável gelado do Santini, que já não são o que eram há muito tempo, fazer com que o leitor escreva um blog? Um post? Umas linhas? Vá! Rezai duas Avé Marias e continuemos a leitura.

Diz que é feito com uma máquina, com um nome esquisito, e que é espanhola. Amigos, todos os bons gelados são feitos em máquinas, quase tudo o que vem de Espanha é bom, mesmo que só mandassem o presunto e a máquina com o nome esquisito. E para finalizar, esquisitos somos nós, não são os nossos nomes. E esta máquina de esquisito não tem nada.

Apenas servia o gelado 2 a 3 minutos antes do que está a ser servido, para conseguir manter mais tempo a estrutura e a partir daqui L.A.E calava a boca, fechando com um adjectivo: Textura do Gelado de Chá Verde do Anfiteatro.

Um adjectivo que também se poderia aplicar ao Fernando Neves da Colmeia. Tudo o que cria, tem um conceito forte. E que normalmente passa pela utilização criativa de produtos regionais.

O Fernando é uma espécie de Rei Midas das ideias. Em tudo o que toca, vira uma coisa boa. Tenho a certeza que ele preferiria que se transformasse em ouro, mas reconheçamos que méritos criativos também fazem bonitas medalhas. A farda dele são medalhas dos pés às cabeça.

O conceito que ele criou para os chocolates Colmeia é fabuloso. Tiro o chapéu, o escalpe e os poucos neurónios que me assistem. Até porque para viver a experiência sensorial, que é provar um dos seus chocolates de inspiração regional, precisamos de pouco mais do que uma boca.

Bolas, escrevo de raiva, porque gostava de ter sido eu a criar, desenvolver e produzir estas ideias. Cada vez que como o pequeno chocolate de capucho, parto para um mundo onde só me dói uma coisa: O cotovelo.

A trufa de Limão Galego é a textura do gelado de chá verde do anfiteatro dos chocolates. Já o bombom recheado com doce de Limão Galego é a minha cara metade. Casava com o dito e se não fosse ilegal, tinha filhos.

E sabem o melhor de todas estas sobremesas? Podem ser comidas quase todos os dias nos respectivos espaços. Mexam-se. Aproveitem que os vossos rabos ainda são pequenos.



Limão Galego

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