Como se compra um livro sem perceber nada de literatura ou livros.





Das poucas coisas que não mudaram em mim desde a adolescência é forma como escolho os livros e os autores que quero ler. É um processo caótico, livre, interessado, inescrutável. O top(o) da Fnac, ou a recomendação do Marcelo são, para mim, tão indiferentes como o veganismo, só para dar um exemplo de 3 coisas para as quais não tenho pachorra. Leio o que quero, quando quero e ao ritmo que quero. (Esta parte não é bem verdade, pois existem autores que instigam um ritmo de leitura sob o qual pareço não ter qualquer controle.) Por isso, no meio de toda esta liberdade e não conformidade, o que prova que esta técnica não tem só aspectos positivos, não é de estranhar que só hoje me tenha chegado às mãos o belíssimo exemplar da Enciclopédia da Estória Universal, os Arquivos de Dresner, de Afonso Cruz. Ia a saltar para o terceiro parágrafo da primeira página e fechei de imediato o livro, não sem antes ter experimentado um arrepio bem forte na espinha. Só fecho um livro de imediato quando este é muito mau, ou extraordinariamente bom. Arrepio na espinha só sinto quando é extraordinariamente bom.  













Assim se descobrem livros e autores.
Como um urso encontra mel numa floresta.

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